Este provavelmente é o versículo mais criticado atualmente por muitas pessoas ditas cristãs.
O ato de dizimar e ofertar para manter uma igreja é visto por muitos como algo ultrapassado, desgastado e até mesmo (!) pecaminoso... Outros acham que dizimar e ofertar é ser explorado pelos mais “espertos”.
Para quem pensa dessa maneira, é bom parar agora mesmo de ler este texto, e ir fazer outra coisa. Mas para quem ainda acredita no dizimar e ofertar, vamos adiante.
Pergunto: Como, em nome de Deus, contribuir para a igreja local (denominação) pode ser algo contrário à vontade divina ? como chegamos a esse ponto ?
A única conclusão possível é que está dando muito certo a estratégia de Satanás em tentar algumas lideranças religiosas para que cometam exageros e desmandos no uso dos recursos financeiros das igrejas. Com isso, as pessoas se escandalizam e vêem como única saída parar de contribuir.
A finalidade do dízimo e das é deixada muito clara no texto bíblico: para que exista MANTIMENTO na Casa de Deus.
Claro e evidente que MANTIMENTO aqui não significa simplesmente gêneros alimentícios.
Podia ser assim no Antigo Testamento, em que o dinheiro pouco valia e os recursos eram em gado e comida. Mas o princípio bíblico deve ser revisto à luz dos dias atuais.
Aliás, mesmo no Antigo Testamento as contribuições dos israelitas não eram somente em gado e comida, mas também em dinheiro. Além do que, elas serviam para manutenção dos sacerdotes e levitas, com suas famílias. E por fim: os levitas também dizimavam do que recebiam. VEJA O LIVRO DE NÚMEROS CAPÍTULO 18. E ainda, LIVRO DE NÚMEROS CAPÍTULO 3 VERSÍCULOS 47 A 50.
Portanto, dízimo e ofertas nunca foram somente alimento, como também dinheiro. E passados quase 3mil anos da época em que os israelitas peregrinavam no deserto, ofertar e dizimar em dinheiro com certeza é muito mais prático, numa época de grande circulação de valores e mercadorias de forma eletrônica.
Voltamos então ao ponto: o que se deve fazer com esses recursos ? MANTIMENTO NA CASA DE DEUS.
Devemos entender MANTIMENTO como TODO RECURSO NECESSÁRIO À MANUTENÇÃO DA VIDA E DAS ATIVIDADES DA IGREJA LOCAL.
Energia elétrica, água encanada, locação, pagamento de funcionários e obreiros de tempo integral ou de meio período, são algumas das despesas imprescindíveis ao local de culto.
Mas não é só.
A igreja local não é uma empresa, e sim uma entidade religiosa sem fins lucrativos, porém ainda assim necessita se mostrar regular perante a legislação desta .
Livro-caixa e documentação financeira e fiscal podem ser exigidos a qualquer momento pelos órgãos competentes, sendo necessário que alguém com conhecimento técnico faça isso. Se houver um contador profissional entre os fiéis, isso lhe pode ser confiado. Mas e se não houver ? Terá que ser contratado e pago. Com quais recursos ?
A igreja local deseja realizar uma cruzada evangelística. Locação de palanque/palco, sonorização, assentos, impressão de folhetos, são algumas das despesas que virão. Como supri-las ?
A igreja local quer realizar um almoço de confraternização com os jovens da congregação, para recepcionar os novos convertidos e reforçar o discipulado. Locação de mesas, compra de alimentos e brindes para são algumas das despesas. Vai cair do céu ? Claro que não.
Claro que esses são problemas que as comunidades dos chamados “cristãos pós-denominacionais” não apresentam, pois de tão pequenas e irrelevantes na sociedade local, podem se dar ao luxo de realizar pequenas reuniões que não demandam essas despesas. Mas estamos aqui falando dos cristãos denominacionais, cerca de 99% dos evangélicos brasileiros, que vivem no mundo real e enfrentam diariamente situações como essa, além de outras.
Diante disso, continua sendo válido o modelo deixado no Antigo Testamento, no sentido de que os membros e congregados de uma igreja local ofertem e dizimem para suprirem as necessidades de manutenção dos templos, despesas com o sacerdócio, além da obra de evangelização e assistência social
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