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Jz 13.8-12

 “Então Manoá fez esta oração ao Senhor: ‘Ó Senhor, peço que mande aqui outra vez o homem de Deus que apareceu à minha mulher! Sim, para recebermos instruções sobre o que devemos fazer ao menino que vai nascer!” O Senhor atendeu à oração, e o Anjo de Deus apareceu outra vez à mulher, quando ela estava sentada sozinha no campo. Ela saiu correndo e foi chamar o marido: ‘Venha, Manoá’, disse ela. ‘Apareceu de novo aquele homem que esteve aqui outro dia!’

Manoá correu junto com a mulher e logo perguntou ao homem: ‘Foi o senhor que falou com minha mulher outro dia? Ela respondeu que sim. Então disse Manoá: ‘Gostaríamos de receber toda instrução possível, para que possamos criar bem o menino que vai nascer – para que ele fique bem preparado para a vida e a vocação dele’”. Jz 13.8-12

Em sala de aula:

_ Li a redação sobre a sua casa – disse a professora ao aluno. _ É a mesma que seu irmão entregou no ano passado.
_ Mas é claro – respondeu o aluno. _ A casa é a mesma! (Revista Seleções – mar/2002)

A sociedade atual tem passado por grandes transformações em todos os campos trazendo mudanças ao comportamento das pessoas sem que estas estivessem preparadas para tal.
Tais mudanças afetaram conseqüentemente também a froma de se educar os filhos.

A função de educar os filhos durante muito tempo foi delegada às mulheres. Com a mulher no mercado de trabalho como ficam as questões e as responsabilidades da criação dos filhos?

Sou de um tempo em que as crianças se divertiam na rua, jogavam jogos em família, ou saíam juntos para passear com seus pais. Ainda hoje posso ouvir as gargalhadas de meu pai com suas brincadeiras e  minha mãe pedindo para pararmos com a bagunça e logo em seguida dando também uma boa gargalhada. Foram pais perfeitos? Evidente que não! Tiveram seus conflitos, lutas, problemas conjugais. Enfrentaram desemprego, enfermidades e tantas outras situações.

Hoje temos uma indústria fortíssima que assedia a família com seu marketing incansável e cada vez mais imperdível.

A indústria do lazer descobriu o grande negócio do entretenimento das crianças. Os jogos de futebol dos filhos são organizados por profissionais formados em educação física, e não mais pelos pais. Muitos nem ficam mais para assistir. Eles são deixados no local e depois os pais voltam para apanhá-los. O mesmo acontece com as festas de aniversário. Os animadores infantis e juvenis são cada vez mais numerosos, e, na melhor das intenções, terminam por reduzir o convívio familiar. Se já é escasso durante a semana, não engrena no fim de semana.

O computador é capaz de alienar a criança por horas. Os jogos eletrônicos são verdadeiras cachaças, no sentido que viciam mesmo. As crianças, pela idade que se encontram, têm ânsias de testar suas habilidades e vencer. Eles desperdiçam uma gana sentados num sofá, só, ao invés da prática esportiva de jogos coletivos, que tanto melhora o convívio social, desenvolve o equilíbrio emocional e proporciona saúde corporal.

Os meios de comunicação, a imprensa, a televisão, o rádio, o cinema, etc, têm uma influência crescente e nem sempre transmitem os valores que os pais querem que seus filhos vivam.

O ambiente, os amigos, os colégios, a rua , a igreja, tampouco sempre dão o exemplo desejado. Estas influências exigem, aos pais responsáveis, uma maior preparação como educadores.

Nós não podemos nos fechar e achar que está tudo certo e que não precisamos aprender mais nada. Como pais devemos aprender a educar melhor, e conhecer os novos recursos que nos oferecem as ciências educativas. Desta maneira, os bons resultados serão o normal em uma família responsável, e os chamados ‘filhos problema’ serão a exceção.

É difícil? Nós cristãos estamos preparados para esta abertura, para esta busca? Durante este período em que estava escrevendo a série “O Ideal de Uma Vida”, alguns grupos foram liberando as mensagens, mas quando chegou na 9ª. parte, em que falei sobre masturbação, alguns grupos bloquearam a mensagem, outro escondendo-se atrás do nome de uma igreja, além de bloquear todo o  restante da série, ainda se deu o trabalho de escrever para todo o grupo dizendo coisas duras a meu respeito e grupos que eu pensei que iriam se escandalizar liberaram e agradeceram.

Quando comecei a escrever para a Internet recebia muitas ameaças, muito desaforo. Pessoas que diziam que eu não tinha o direito de esclarecer os jovens da forma que vinha fazendo. Na época pensei em parar, pois achei que não valia a pena continuar.Na minha cabecinha achei que tudo se resumia apenas em aborrecimentos e desgastes.  Certo dia recebi o e-mail de uma jovem que mora em Portugal dizendo que tinha tomado a decisão de viver de forma correta e integra diante de Deus e dos homens. Nos tornamos amigas e trocamos correspondência até hoje. E já se vão quatro anos.

O futuro não é uma conseqüência do acaso. O futuro o estamos fazendo entre todos. Cada família presta sua colaboração ao esforçar-se em ajudar a seus filhos a ser pessoas livres e responsáveis . Para isso é necessário formar-se, preparar-se,  profissionalizar-se.

Eu creio que a família pode viver mais unida e feliz em seu comum esforço por melhorar, uma melhora que acabará sendo contagiosa.

Meu sonho, minha oração é que líderes sejam incomodados a investir em ‘Escolas de Famílias’ com iniciativas de concretizar idéias, aplicando os sistemas de qualidade e melhora contínua. Que as escolas possam se abrir para projetos, pois ainda apresentam muita resistência, principalmente quando o projeto é apresentado por uma igreja evangélica. Eles  se sentam para ouvir as idéias, os projetos, mas não executam. Enquanto isto as famílias caminham cada vez mais desequilibradas, os filhos conseqüentemente se envolvem com determinados grupos e seu comportamento vai mudando gradativamente a ponto de diretores e professores perderem o total controle da situação.

Quais os objetivos na vida temos para nosso filhos? Que façam uma carreira brilhante? Que formem uma família? Que se destaquem em algum esporte? Que dominem uma arte como a música? Que sejam ricos? Como ajudar aos filhos a serem felizes? Quando devemos começar a educar o caráter de nossos filhos? Crianças de caráter são mais equilibradas e felizes? A educação do caráter é também a melhor prevenção contra drogas? Nossos filhos serão mais felizes na medida em que conseguirem tomar decisões de forma correta? Queremos crianças inteligentes que coloquem seus talentos a serviço dos demais? Temos preparado nossos filhos para que seus corações sejam como os campos semeados de amor? Da vida de nossos filhos têm fluido vida para auxiliar ao próximo? Em seus corações tem sido gerado a esperança para vencer todas as suas ilusões? A justiça de Deus tem sido a vestimenta cotidiana de nossos filhos para que vejam Cristo neles?

Vamos pensar sobre estas coisas durante alguns dias?

“Educamos pelo que somos e pelo que fazemos”

Indicação de Livro: Quem ama, educa! – Eçami Tiba – Editora: Gente (Dr. Içami Tiba – médico, psiquiatra, realizou mais de 72 mil atendimentos psicoterápicos a adolescentes e suas famílias, é autor de diversos livros sobre a educação e ministrou milhares de palestras em escolas e programas de tv. Quem ama, educa foi o livro campeão absoluto  de vendas de 2003 segundo a Revista Veja.)

Filhos: quando educá-los? – James B. Stenson –Editora: Quadrante – (O ambiente de hoje exerce sobre os jovens uma pressão negativa sem precedentes. As estatísticas são estarrecedoras. Que podem e devem os pais fazer para, apesar de tudo isso, verem os filhos tornar-se pessoas de caráter, maduros e responsáveis? Estas páginas incisivas, do educador americano James Stenson, formulam a resposta sem meias-palavras: ter um plano de educação claro e começar cedo, quando os filhos ainda são crianças. Sério no tom, o autor abre-nos no entanto inúmeras soluções e maneiras concretas de preparar a felicidade futura dos filhos).

Regina Lopes

Sobre Unknown

Edilson Pereira é pregador do Evangelho há 20 anos, tendo ministrado a Palavra de Deus em vários estados do Brasil. O mesmo é Professor de EBD, Escritor e Blogueiro.
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